segunda-feira, 31 de outubro de 2011

P270: À MEMÓRIA DOS CAMARADAS FALECIDOS - RICARDO LEMOS

http://www.youtube.com/watch?v=6EGWmElj6PMHonremos a memória dos nossos estimados camaradas e amigos no Dia de Finados.


Todos acorremos aos campos santos (cemitérios) para oferecer aos mortos as nossas homenagens: flores, coroas, velas, preces, lágrimas... e sobretudo, saudades! Na nossa mente, entretanto, fica na lembrança as recordações e as vivências de tempos passados, principalmente desde a partida de Lisboa até os dias de hoje.

Recordemos os amigos que já morreram.



AOS QUE SE FORAM...

Não sei a qual deles mais me liguei

Nem de qual deles tenho mais saudade;

Sei apenas que jamais os verei...

Não mais terei essa felicidade!



▄ António Carrasqueira -  Mina A/C -  10-08-1970

▄ António Vasconcelos Guimarães - Mina A/C - 18-02-1971

▄ José Dias de Sousa - Mina A/C - 18-02-1971

▄ José Monteiro - Em combate - 01-10-1971

▄ Rogério António Soares - Em combate - 01-10-1971

▄ Luís Vasco Fernandes - Mina A/C - 05-10-1971

▄ Adriano Francisco -  Doença - Bissau - 8-3-1972


▄ José Tavares da Silva “Matosinhos” - Doença

▄ Joaquim Azevedo Costa - Doença - Trofa - 1974

▄ Manuel Fernando da Rocha Brito - Doença - Monção

▄ Virgílio Luís Pereira Brilha - Acidente 1991

▄ Delmar Sobreira "Faiões" - Doença - Chaves - 1995

▄ José Rocha Carvalho (condutor) - Doença

▄ Domingos Ferreira "Braga" (condutor) - Doença - 1999

▄ José Avelino Rodrigues Teixeira (1ºSrg.) - Doença 2002

▄ Manuel Maria Cardoso Maricato (Fur.) - Doença - França - 2004

▄ Alberto Jorge Seixas Pereira - Doença - Julho 2006

▄ António José da Silva (Judeu) - Doença - Janeiro 2006

▄ José Dias Ferreira - Doença - Agosto 2006

▄ José Joaquim dos Santos (Enfermeiro) - Doença - Janeiro 2006

▄ Vítor Manuel M. Rodrigues (Fur.) - Doença - Dezembro 2009

▄ Jerónimo Teixeira - Doença - 2010

▄ João dos Santos H. Veras (condutor) - Doença - 2010


PAZ ÀS SUAS ALMAS

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

P269: RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS DO MARINHO

          José Marinho Gomes da Silva, ex-soldado condutor-auto, mora em Barcelinhos.
Barcelinhos é uma freguesia portuguesa do concelho de Barcelos, com 2,56 km² de área.

O Marinho exerce actualmente a profissão de Delegado Comercial de Produtos Químicas, na empresa Manuquímica, sedeada em Samora Correia.

Em Dulombi, aquando da distribuição das viaturas Unimogs pelo furriel Lemos, e como havia menos viaturas do que condutores, foi-lhe distribuído a responsabilidade da manutenção do Jeep, pertença do Capitão da Companhia. Todavia, e passado poucas semanas, foi escolhido pelo Capitão Carlos Gomes para exercer o cargo de Professor de Dulombi, como professor das escolas regimentais, dando aulas aos indígenas assim como aos soldados da Companhia que não tinham a 4.ª classe. O Marinho, nessa altura, possuía as habilitações do 5.º ano dos Liceus, equivalente ao actual 9.º ano.

Tem 3 filhos e uma neta

Um abraço do Marinho para todos os Dulombianos.

O Marinho, com as suas 62 primaveras, comemoradas no dia 12 de Novembro de 2010.


1971
2011

.

No abrigo de Transmissões
Da esquerda para a direita: Terraço, Portugal e Quintas. Em pé e a sorrir, o Silva Ribeiro (padeiro) e a beber também em pé, o Barreiros. Depois do Quintas temos o Marinho das transmissões, o Marinho professor e o Brunheta. A seguir, o Machado (cripto), furriel Rico, furriel Gonçalves e alferes Barros.


Na Companhia de Comandos e Serviços (CCS)
Secção do 3.º pelotão. Em pé: O José Marques Miranda “Taipas”; elemento não reconhecido; o Prof. Marinho; Dias Ferreira; Joaquim Azevedo Costa, da Trofa, que faleceu quando se dirigia para Fátima, tendo sofrido doença súbita, e o “Reguila”.
Á frente: elemento não reconhecido; o Solcélio do Nascimento Mateus; depois temos o furriel Soares; em penúltimo lugar temos o Eduardo Rosa Francisco, que está em França; e na última posição está o José Augusto Gomes Barbosa, de Braga.


No abrigo dos condutores
Da esquerda para a direita: O Fernando Martins Fernandes, Delmar Sobreira "Faiões", Capelão (saboreando uma cerveja), condutor Domingos Ferreira, de Braga. (já falecido), Marinho Professor. Silva Ribeiro (padeiro), condutor Luís Maria, condutor Veras (já falecido), Vila Franca, Marinho, das Transmissões.


"Meirim", Marinho professor e António Luís Lopes Diogo, do 4.º pelotão.


Os dois obreiros dos Encontros da 2700

Marinho Professor, mecânico Rosas, célebre Semba, mecânico Vítor e condutor Cardoso.


domingo, 23 de outubro de 2011

P268: RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS DO MAIA DA CUNHA

          José Maia da Cunha, ex-soldado atirador, pertencente ao 3.º pelotão, sob o comando do alferes Ravasco, mora em S. Pedro da Cova, Gondomar.
São Pedro da Cova é uma freguesia portuguesa do concelho de Gondomar, com 14,42 km² de área.

O Maia da Cunha, com as suas 62 primaveras, comemoradas no dia 18 de Novembro de 2010.



1971
2011
O Maia da Cunha exerce a profissão de pintor da construção civil, trabalhando por conta-própria.

É reformado como deficiente das forças armadas desde 02 Março de 1973, com uma deficiência de 48,16%, segundo dados do Ministério da Defesa Nacional do Exército Português.

Tem 4 filhos e 6 netos.

Um abraço do Maia da Cunha para todos os Dulombianos.

O DIA DO ACIDENTE

No dia 20 de Outubro de 1971, encontrava-se em Galomaro uma secção do 3.º Pelotão, em serviço de destacamento, sob o comando do furriel Soares. Parte dessa secção, juntamente com outros militares da CCS e alguns milícias, foram incumbidos de levar o professor local para uma tabanca perto das Duas Fontes, a fim de este dar as respectivas aulas aos indígenas. Deslocaram-se num Unimog que, perto do local onde a 1 de Outubro de 1971 aconteceu a emboscada a uma coluna da CCS, onde faleceram os nossos camaradas José Monteiro e Rogério Soares, accionou uma mina A/C, resultando na morte de 2 soldados milícias assim como vários feridos, entre os quais o Maia da Cunha.

O Maia da Cunha apenas se lembra de ser transportado de helicóptero e de uma das enfermeiras lhe prestar os primeiros socorros. Depois entrou em estado de coma durante 4 dias.

Foi transportado ao Hospital Militar de Bissau onde ficou internado até ao dia 4 de Novembro de 1971, tendo sido depois transferido para a Metrópole, para o Hospital Militar da Estrela, em Lisboa, transportado por um avião da Força Aérea.

Neste Hospital, ficou internado durante 7 meses, tendo sido submetido a várias operações cirúrgicas à perna esquerda, onde sofreu graves ferimentos (fracturas). Também sofreu fracturas no braço esquerdo, maxilar inferior e coluna (vértebras inferiores), tendo sido igualmente tratado a todos estes ferimentos no mesmo Hospital.

Estes tratamentos resultaram na imobilização total do Maia da Cunha durante longos 7 meses, tendo-lhe sido aplicado “platinas” e gesso.

Depois começou a fazer a sua recuperação de fisioterapia, que durou cerca de 1 ano, recuperação essa realizada em um hospital anexo ao da Estrela.

Na foto pode visualizar-se o Maia da Cunha, internado no Hospital Militar da Estrela, acompanhado pelo falecido Brilha, também evacuado, e ex-1.º cabo do 3.º pelotão. O Virgílio Luís Pinheiro Brilha faleceu em Espanha, num acidente de viação, por volta do ano de 1991.
Foi evacuado devido a ter sofrido ferimentos resultantes do rebentamento da mina a/c no percurso Dulombi/Galomaro.


Nesta foto, o Maia da Cunha está acompanhado do seu avô, irmãs e sobrinhas e ainda dos camaradas Brilha e Fernandino da Silva Almeida.
O Fernandino sofreu graves ferimentos aquando do violento tornado que assolou Dulombi, no dia 25 de Abril de 1971, pelas 17 horas, tendo sido atingido pelas chapas de zinco pertencentes às coberturas das casernas, o que resultou ter sido evacuado para a Metrópole com uma fractura exposta de uma perna.


Elias dos Anjos Rodrigues
O Elias, ex-soldado atirador, foi evacuado para a Metrópole em Novembro de 1971, devido a ter sofrido lesões por estilhaços resultante de uma armadilha pertencente à própria segurança de Dulombi, aquando do regresso de uma operação de patrulhamento.
Neste lamentável incidente, também foi atingido o 1.º cabo Anselmo Natalino Rodrigues Ferreira, resultando-lhe pequenos ferimentos, não necessitando de ser evacuado.


A história do “Piruças”

O Maia da Cunha comprou um periquito a um indígena por 2,5 pesos, tendo-o baptizado com o nome de Piruças. Manteve-o preso durante 15 dias, atado a um cordão de uma bota, num poleiro construído pelo Maia. Passados esses 15 dias, o Piruças conseguiu libertar-se do dito cordão, com o seu próprio bico, e jamais foi preso.
O periquito habituou-se ao poleiro e ao Maia da Cunha, ao ponto de acompanhar o Maia ao refeitório, ficando á sua espera, a chilrear à porta. Quando havia possibilidades, o Piruças subia pelas pernas do Maia da Cunha e empoleirava-se no seu ombro, conforme se pode atestar pela imagem acima.
Quando o Maia da Cunha foi evacuado, nunca mais soube o que aconteceu ao seu amigo de duas asas.


Na foto: Elias dos Anjos Rodrigues, António Bessa Nunes, furriel Timóteo, Fernando Ramos, Maia da Cunha, Alfredo Lopes Ribeiro e o “Matosinhos” do 1.º pelotão.


O Maia da Cunha e o “Russo”
O Firmino da Silva Pereira, de Pinhão Donelo, tinha a alcunha de “Russo”.
O “Russo” era o homem do morteiro 81, pois quando havia uma flagelação do inimigo com as suas “costureirinhas” lá ao longe, logo saltava do seu abrigo para o morteiro de longo alcance, garantindo que alguma das suas granadas tinham alcançado o inimigo. Até corria o boato que o IN o queria capturar devido à sua perícia no morteiro!


Na foto: furriel Estanqueiro, Evaristo Borges, Dias Ferreira, Joaquim Azevedo Costa, da Trofa e já falecido, o “Taipas” (José Marques Miranda) e o Maia da Cunha com um apetite voraz!


O Poço e a história dos peixes

Este poço foi aberto nas proximidades da tabanca de Dulombi, pela necessidade da Companhia ter reserva de água de consumo. Foi aberto com uma profundidade aproximada de 5 metros.
Conta o Maia da Cunha que, quando a abertura do poço estava na profundidade de 3 metros, terminaram o trabalho desse dia. No dia seguinte, chegados ao poço para continuarem os trabalhos, ele estava já cheio de água e com dezenas e dezenas de peixes, que os indígenas denominavam “barbatanas” e que eram do tamanho de um carapau médio. Logo os autóctones aproveitaram para apanhar o máximo possível desses peixes para consumo próprio. Como é que eles lá apareceram?
Depois a água tornou a desaparecer, e os peixes também, e então concluiu-se o poço com a profundidade ideal para se obter água no tempo da sua escassez noutros locais de recolha.
Foi próximo deste poço que a 18 de Fevereiro de 1971, um Unimog da Companhia accionou uma mina A/C, falecendo os camaradas José Dias de Sousa e António Vasconcelos Guimarães.
Na imagem visualiza-se o Maia da Cunha e o Dias Ferreira.


Ponte sobre o Rio Fandauol
Na foto: condutor Carvalho (falecido, de tronco nu); Joaquim Azevedo Costa, da Trofa, (Falecido); Taipas, encostado ao pneu; Luís Vasco Fernandes, em pé, de boné (Falecido em 5/10/1971, por accionamento de uma mina A/C, na picada Dulombi-Galomaro); Dias Ferreira (Falecido); Maia da Cunha; 1.º cabo Brilha (Falecido).
Resumindo: nesta foto temos 5 camaradas já falecidos.


No abrigo n.º 4
Na foto: furriel Pires, furriel Timóteo, Ramos de Vila do Conde, Maia da Cunha, Nunes, Anselmo Natalino, Ribeiro e o Matosinhos


Descansando numa operação de patrulhamento
Na foto: Maia da Cunha, Natalino Ferreira, Dias Ferreira e Portugal. Pode visualizar-se uma metralhadora HK 21, um morteiro 60 mm e um rádio das transmissões.


A visita do Maia da Cunha a Dulombi, em 1997

O Maia da Cunha, o falecido Dias Ferreira e o Alferes Correia, assim como outros camaradas de armas de outras companhias, fizeram uma visita à Guiné, nomeadamente a Bissau, Bafatá, Bambadinca, Galomaro e Dulombi em Fevereiro de 1997.
Embarcaram em Lisboa num avião da TAP, no dia 9 de Fevereiro e regressaram no dia 17 de Fevereiro, a partir do aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau.
A visita durou 9 dias.
Encontraram a cidade de Bafatá, desprovida de movimento. Não havia local onde se pudesse beber uma cerveja, tomar um café ou comer algo.
A visita a Dulombi aconteceu numa tarde.
O regresso a Bissau, depois de cada visita, era imprescindível.

As casernas, em 1997




Tabanca de Dulombi, 1997


O 1.º nome do heliporto de Dulombi foi “Heliporto Capitão Carlos Gomes”
Depois, por ordem do General Spínola, foi mudado para “Heliporto de Dulombi”.
Nesta foto de 1997, visualiza-se a placa, já destruída pelo tempo.


A nova ponte sobre o Rio Fandauol, perto de Dulombi. Conforme já vimos, em Posts anteriores, a primitiva foi construída com troncos de palmeiras.


Estrada Galomaro – Duas Fontes
Local, onde no dia 20 de Outubro de 1971, foi accionada uma mina A/C, que vitimou o Maia da Cunha.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

P267: RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS DO ANTÓNIO MADUREIRA

         António Joaquim Madureira, ex-soldado atirador, pertencente ao 3.º pelotão, sob o comando do alferes Ravasco, mora em Ermesinde.


O Madureira, com as suas 63 primaveras, comemoradas no dia 27 de Agosto de 2011.


1971
2011
O Madureira teve várias profissões ao longo da sua vida profissional, nomeadamente, técnico de obras, ajudante de armazém e ajudante de motorista. Encontra-se na situação de reformado por invalidez desde 1995.

Passa os seus tempos livres, trabalhando eventualmente na arte de jardinagem e na agricultura.

Actualmente é acólito na igreja de S. Lourenço, Ermesinde, colaborando na missa das 9 horas, aos Domingos. Foi festeiro, durante 25 anos, das festas de S. Lourenço.

Tem 3 filhos e 4 netos.

Um abraço do Madureira para todos os Dulombianos.


O Madureira e a mascote, no abrigo n.º 1

De pé, da esquerda para a direita: Em tronco nu, Alfredo Azevedo; na 2.ª  posição está o Madureira. Na 4.ª  posição, Espírito Santo e na 5.ª  posição, o José Barbosa de Braga.
Á frente:  “TAIPAS”, “VILA POUCA”, Barreiro e Valdemar Ferreira.

Foto tirada em Chaves, na especialidade
De pé: José Dias Ferreira, de Braga (Falecido), Luís Gonçalves Alves, 3.º elemento, José da Silva Ribeiro (padeiro), 4.º elemento é o Joaquim Azevedo Costa, da Trofa, 5.º elemento é o Alcino Leite, de Amarante, 6.º é o Domingos Lemos e 7.º elemento que não foi incorporado na nossa Companhia.
Á frente: Elemento que não foi incorporado na Companhia, 2.º elemento é o “VILA POUCA”, já referenciado nas fotos acima, 3.º elemento é o Maia da Cunha, 4.º elemento é o Madureira, 5.º elemento não foi incorporado na Companhia, 6.º elemento é o Barbosa, de Braga, já referenciado acima.


Preparados para o combate….
O Madureira está sentado em cima do pneu.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

P266: ADEUS MUSSA

 A vida tem disto...
O Mussa era aquele puto amoroso, filho da Adam e do chefe de Tabanca, que eu, de certa maneira, um dia "perfilhei".
Houve uma altura que servindo-me de um frasco de água oxigenada subtraido da Enfermaria e com um algodão embebido no líquido fui metodicamente "lavando" o cabelo do Mussa. Passadas algumas semanas tinhamos um bebé louro com um look espectacular e encantador.
Passaram-se estes tempos e, ano passado, o Gil, na sua "Missão Dulombi" veio a descobri-lo, em Galomaro.
Trouxe-me, do Mussa, uma mensagem que me comoveu: "Não hei-de morrer sem ver o alferes Barata".
Há tempos surgiu-lhe uma mazela e mais uma vez o incansável Gil com os conhecimentos que adquiriu na Guiné tinha já tudo tratado para o Mussa ser operado numa clínica privada a uma hérnia que o incomodava.
Contudo...
Ontem, ao ligar para fazer o ponto de situação da intervenção cirúrgica, do outro lado da linha surgiu a indesejável notícia: "O Mussa morreu".

Na, para breve, viagem que tenho planeada à Guiné um dos motivos principais da sua realização era também o facto de proporcionar ao Mussa "ver o alferes Barata" e vice-versa.
Afinal, tal já não será possível. A vida tem disto...
Descansa em paz, "Anjo Louro".

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

P265: RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS DO CARLOS SANTOS

         Carlos Teixeira dos Santos, mais conhecido por “Arouca”, ex-soldado atirador do 3.º pelotão, sob o comando do alferes Ravasco, mora em Rossas (Arouca).
Rossas é uma freguesia portuguesa do concelho de Arouca, com 16,23 km² de área. O Carlos é conhecido na sua terra por Carlos do Brites, cognome do seu bisavô.
Exercendo a profissão de pedreiro, encontra-se na situação de desempregado há cerca de 3 anos mas, está a usufruir rendimentos pelo fundo do desemprego.

Ocupa o seu tempo disponível, trabalhando na agricultura caseira, donde obtém produtos para o seu consumo doméstico. Também tem criação de animais, nomeadamente galinhas e coelhos.

Tem 3 filhos e 6 netos.

Um abraço do Carlos Santos para todos os Dulombianos.

O Carlos Santos, com as suas 63 primaveras, comemoradas no dia 9 de Junho de 2011.

1971



2011








O Carlos do Brites “Arouca” e a sua concertina


Lemos e Arouca em pleno convívio musical

O Carlos Santos lembra-se de se formar um conjunto de Janeiras em Dulombi, e percorrer os abrigos e casernas, dedicando alguns versos aos companheiros de armas. Um desses versos foi-me dedicado, e fiquei estupefacto quando o "Arouca" recitou um dos versos de há 41 anos. Lá vai:

"Viva o nosso Furriel Mecânico
Cá do nosso regimento
Até isto nos dá prazer
Ao ouvir o seu instrumento"


O Arouca e os seus ajudantes indígenas de Dulombi, no trabalho de construção das moranças.
Além dos seus dotes artísticos, o Arouca trabalhou nas obras durante muito tempo, visto que foi requisitado ao fim de 6 meses de comissão e até ao final desta, para trabalhar como pedreiro na construção das moranças, casernas, e outras construções que iam sendo necessárias.


O Ramos, o Arouca e mais 2 indígenas, trabalhando na execução de um poço para obtenção de água para beber, poço esse executado dentro do acampamento. O Arouca lembra-se que este poço deu muita água.


MAIS UMA HISTÓRIA DA OPERAÇÃO LIGEIROS QUADROS
No Post 245, foi lembrada esta operação como um dos momentos mais negros vividos pela nossa Companhia. Nas Relíquias Fotográficas do Adão Sá, Post 262, também se contou como tudo aconteceu, visto que o Sá era o condutor da viatura minada.
Ora, o "Arouca" também tem a sua história:

“ Quando foi realizada a operação ao Jifim, e após a chegada dos mortos e feridos a Dulombi, o 1º cabo Carrasqueira encontrava-se bastante ferido e a perder muito sangue. O furriel enfermeiro Alves, logo pediu voluntários para dar sangue ao Carrasqueira e eu ofereci-me imediatamente, pois o meu sangue era compatível. A transfusão foi efectuada directamente, de braço para braço.
Quando tal, e passado pouco tempo, chegaram os helicópteros de apoio médico. Quando o médico transportado pelos helicópteros chegou ao local onde estava a ser feita a transfusão de sangue, ficou muito preocupado e imediatamente retirou a agulha do meu braço. Nesse mesmo instante o Carrasqueira morreu. E mais disse que eu também estava em perigo de vida. A razão técnica dessa afirmação não sei explicar.”

domingo, 9 de outubro de 2011

P264: RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS DO ALFREDO PEREIRA

         Alfredo Azevedo Pereira, ex-soldado atirador do 3.º pelotão, sob o comando do alferes Ravasco, mora no Marco de Canavezes

Está no activo, sendo motorista da empresa Conduril, totalizando já 38 anos de serviço.

A Conduril é uma empresa fundada em 1959, dedicada à Engenharia Civil e Obras Públicas. Possui delegações e sucursais em vários pontos do globo.

Neste momento, e desde 2005, que o Alfredo Pereira, trabalha em Angola, como trabalhador da empresa citada, vindo a Portugal, normalmente, 2 vezes por ano, passar as suas férias.

Tem 2 filhos.

Um abraço do Alfredo para todos os Dulombianos.
O Alfredo, com as suas 63 primaveras, comemoradas no dia 12 de Setembro de 2011.










1971



Descascando batatas
Na foto pode visualizar-se o Alfredo, entre os dois indígenas, a descascar batatas e a fumar o seu cachimbo. De pé, o cozinheiro Euclides e à direita o Terraço.


Alfredo Azevedo Pereira


Abastecimento de água à Companhia.
Entre outros elementos, pode visualizar-se o Veras condutor (já falecido) e o Alfredo.


Alfredo, José Dias Ferreira (já falecido) e o Maia da Cunha


Mulher-grande de Dulombi